(foto: FPA)
Portugal terminou a sua participação no Campeonato da Europa de Equipas na quinta posição, somando 285 pontos, a sua segunda melhor pontuação de sempre na I Liga, apenas superados pelos 296.5 pontos conquistados em 2010 em Budapeste, altura em que a selecção Nacional subiu à Superliga.
Nesta edição em Vaasa, na Finlândia, a selecção nacional conheceu bons resultados, teve algumas boas surpresas, teve alguns resultados que já não se esperavam, e outros que dificilmente seriam melhores.
Por isso, ficar a 20,5 pontos da subida, que foi conseguida por Suécia, Finlândia e Suíça, e a 17 pontos da Turquia, equipa tão desequilibrada como a nossa, deve obrigar a reflexão até à próxima edição, daqui por dois anos, com a companhia da Bielorússia e da Holanda, que desceram à I Liga, Hungria, Eslováquia e Lituânia, que subiram da II Liga, por troca as três formações que agora desceram, Estónia, Bulgária e Dinamarca.
Individualmente, foi excelente a corrida de 3000 metros, em que Hélio Gomes se impôs ao campeão europeu de corta-mato, o turco (ex-queniano) Ari Kaya. «Nesta semana vi quase todas as corridas do Kaya desde que é turco. Também revi a prova em que me derrotou no ano passado. Observei tudo. Vi que ele arranca muito forte, mas tem fortes quebras no fim», disse Hélio Gomes em entrevista aberta à FPA. Depois da estreia em 3000 m e 5000 metros, este triunfo, «totalmente dedicado à freguesia de Góis», “abre apetite” pelo que aí virá do atleta do Sporting.
Outro dos triunfos de Portugal chegou no disco, por Irina Rodrigues, que regressa assim aos triunfos internacionais, depois de uma lesão grave em vésperas dos Jogos Olímpicos, agora orientada por Júlio Cirino, que já fora técnico da recordista nacional, Teresa Machado.
O terceiro triunfo foi conseguido pelo mais recente recordista de Portugal, Diogo Ferreira, que até estava doente na altura da competição, mas ainda passou 5.45 à primeira.
As surpresas surgiram por Evelise Veiga, segunda no comprimento, e por Hélio Vaz, terceiro nos 110 m barreiras, ambos com recordes pessoais.
Quem cumpriu, e bem, foi Lorene Bazolo, terceira nos 200 metros (num fim-semana em que fez cinco corridas: duas de 100 m, duas de 200 m e a estafeta 4x100 m!).
A cumprir estiveram David Lima, quarto nos 200 m, a estafeta feminina de 4x400 metros, Marta Pen, quinta 1.500 m. Todos os outros se classificaram na segunda metade da tabela, sendo que alguns deles não conseguiram expressar a sua real valia.
Daqui por dois anos, voltamos a competir assim.
Masculinos: 200 m (v: +1.3): 1. Ramil Guliyev (Tur), 20.20; 4. David Lima, 20.87. 800 m: 1. Mark English (Irl), 1:49.02; 10. Emanuel Rolim, 1:52.45. 3000 m: 1. Hélio Gomes, 7:55.94. 110 m barreiras (v:-0,2m/s): 1. Andreas Martinsen (Din), 13.64; 3. Hélio Vaz, 14.23. 3000 m obstáculos: 1. Ole Hesselbjerg (Din), 8:37.02; 6. Luís Miguel Borges, 8:49.67. Vara: 1. Diogo Ferreira, 5,45. Triplo: 1. Simo Lipsanen (Fin), 16.75 (v:+1,2); 9. Ricardo Jaquite, 15.32 (v:+0,9). Disco: 1. Daniel Ståhl (Sue), 66.41; 11. Francisco Belo, 50.96. Dardo: 1. Tero Pitkämäki (Fin), 88.27; 12. Mário Marques, 61.75. 4x400 m: 1. (venc. série B) Bélgica, 3.04.87; 10. (6º série A) Portugal (Sérgio Filipe Silva, Mauro Pereira, Ricardo Ribeiro, Ricardo Dos Santos) 3.12.74.
Femininos: 200 m (v:-1.3): 1. Ivet Lalova-Colio (Bul), 23.33; 3. Lorene Bazolo, 23.76. 1.500 M: 1. Claudia Bobocea (Rom), 4:14.50; 5. Marta Pen, 4:17.66. 5000 M: 1. Fabienne Schlumpf (Sui), 15:47.29; 9- Daniela Cunha, 16:40.63. 100 m barreiras (v:+0,4): 1. Noemi Zbären (Sui), 13.28. Altura: 1. Sofie Skoog (Sue), 1.90; 7. Anabela Neto, 1.75. Comprimento: 1 . Khaddi Sagnia (Sue), 6.52 (V:-2,2); 2. Evelise Veiga, 6.36 (V:+1.9). Peso: 1. Emel Deleri (Tur), 17.97; 11. Lecabela Quaresma, 12,98. Disco: 1. Irina Rodrigues, 59.62. 4x400 m: 1. (venc. Série B) Roménia, 3.31.83; 4. (2ª série A) Portugal (Cátia Azevedo, Filipa Martins, Rivinilda Mentai, Vera Barbosa), 3.36.44.
Classificação colectiva final: 1. Suécia, 320.50; 2. Finlândia, 314.50; 3. Suíça, 305.50; 4. Turquia, 302; 5. Portugal, 285; 6. Noruega, 272.50; 7. Roménia, 246; 8. Irlanda, 238; 9. Bélgica, 232.50; 10. Estónia, 203; 11. Bulgária, 193.50; 12. Dinamarca, 187.
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