Portugal ausente de uma estreia



No próximo dia 10 de Dezembro realiza-se a 24ª edição do Campeonato da Europa de Corta-Mato, competição em que os portugueses tiveram importantes palavras a dizer na sua génese, com a conquista de vários títulos individuais e colectivos.
Este ano, dando seguimento a prestações mais discretas nos últimos anos, com pouca aposta na motivação dos atletas nacionais, Portugal apresentar-se-á na quase totalidade das provas, com equipas completas (pontuam os quatro primeiros de cada país), mas sem esgotar as quotas atribuídas (podem ir seis atletas por prova, vão apenas quatro). E, tirando uma nota de polémica, sempre presente, nos critérios divulgados e depois torneados, verificamos que Portugal não se apresentará numa das provas oficiais do programa. De facto, após a experiência positiva no Mundial de Corta-Mato deste ano, a Associação Europeia incluirá uma prova de estafeta mista, em que poderão participar dois homens e duas mulheres, cada um cumprimento uma volta de cerca de 1500 metros.
A Espanha, que aposta sempre na visibilidade do seu atletismo nas competições europeias, apresentará equipas totais (seis atletas, para pontuar quatro, repete-se), em todas as provas e também uma formação para a estafeta. E quem escolheram os espanhóis, após uma prova de selecção de crosse curto em Soria: Solange Pereira, campeã de 1500 m, Víctor Ruiz, campeão de milha, Esther Guerrero, campeã de 800 metros, e o meio-fundista Jesús Gómez.
Confessamos que estivemos distraídos nesta matéria nos últimos meses, não olhando como devíamos o programa do Europeu e a inclusão desta variante, destacada no horário no meio das cerimónias protocolares de pódio.
Portugal poderia também apresentar uma equipa na estafeta, com convites a atletas de meio-fundo curto, aproveitando a presença de Marta Pen, que assim nem seria questionada, incluindo alguns promissores atletas destas disciplinas preparando atempadamente e aumentando a motivação para o Campeonato da Europa de Corta-Mato que Portugal irá realizar em 2019.
Embora seja altamente improvável, mas atendendo a que as inscrições só encerram dia 30 de Novembro, e dada a nossa tradição de estarmos nas estreias de muitas competições europeias, até que poderia ser interessante ver uma equipa de estafeta portuguesa em Samorim.

Comentários