Bruno Paixão e Inês Monteiro triunfam em Évora




A nossa primeira prova das Running Wonders coincidiu com a última etapa de 2017 deste circuito de sete provas de meia maratona no interior. A EDP Distribuição Meia Maratona de Évora, a “Corrida Monumental”, é isso mesmo: monumental.
Com partida e chegada no centro histórico, na Praça do Giraldo, a prova consegue uma imagem majestosa, o que diz bem do cuidado nos pormenores que pudemos testemunhar numa manhã radiosa na cidade alentejana. Por natureza muito acolhedora, nestes dias Évora prima por maior interesse em mostrar todas as razões de ser património da humanidade.
A prova em si, com milhares de participantes, principalmente na caminhada que percorreu toda a zona histórica da cidade, conheceu desfechos muito idênticos em todas as distâncias competitivas.
Na prova mais curta, de 10 km, venceram os alentejanos João Cruz, do Beja AC, em pouco mais de 33 minutos, e Paula Ramalho, da Casa do Benfica de Reguengos de Monsaraz, em mais de 43 minutos. Em comum, terem vencido com enorme vantagem sobre os segundos classificados.
Nas corridas principais, os vencedores também lograram vencer com larga margem. Em masculinos, Bruno Paixão, do Beja AC, recentemente aclamado campeão nacional de maratona, isolou-se a partir da primeira légua, passando em pouco mais de 32 minutos aos 10 km, para chegar ao final com uma marca de 1h08. Controlando sempre a corrida, no final, À TVI 24, o portalegrense, «mas a representar orgulhosamente o Beja AC», mostrava-se extremamente satisfeito, «pois uma vitória é sempre um momento alto e consegui-lo numa prova desta dimensão, no meu Alentejo, tem ainda mais valor». Esta foi a sua segunda vitória no circuito, depois de triunfar em Castelo Branco.
Atrás dele classificaram-se Nuno Carraça, do URCA, e Carlos Silva, do Reboleira, que foi segundo no ano passado.


Já na prova feminina, Inês Monteiro, do Sporting, mostrou a qualidade superior da sua forma, isolando-se bem cedo, para depois controlar o ritmo de forma a vencer. Por volta dos 16 km, com a aproximação de Carla Martinho, do Recreio de Águeda, que foi a vencedora no ano passado, a sportinguista mudou novamente de ritmo para se isolar definitivamente até cortar a meta na Praça do Giraldo.
«Esta é uma corrida dura, muito exigente», disse no final à TVI 24, «fui controlando a corrida até perceber que a Carla estava perto, mas depois acelerei e fiquei novamente isolada para conseguir aqui a vitória», que foi a quarta conquistada este ano, depois de vencer na Guarda, Viseu e Coimbra.
Carla Martinho também controlou o seu ritmo para ser segunda e a terceira foi Emilia Pisoeiro, também do Recreio de Águeda, que já fora terceira no ano passado.
Notas na organização para o facto de as medalhas serem produzidas em cortiça, assim como os troféus, enquanto os vencedores absolutos receberam um característico capote alentejano.
Sendo um circuito de provas no interior do país, os Running Wonders merecem a visita de quem gosta de corrida e, como nos diz Paulo Costa, o “alma mater” do projecto, «nós já não propomos corridas, mas experiências desportivas», que resume bem este conceito de turismo ativo, com o complemento competitivo.

Logo que disponíveis, os resultados da prova estarão no site oficial

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