Será a sua última corrida e porventura a mais difícil. Porquê? Porque exista a ansiedade de ser a última competição numa área que dominou, onde pretende terminar com uma vitória, mas é também na distância que o impediu de ser o primeiro homem a completar três “dobradinhas” (vitórias em 5000 e 10000 metros) em consecutivas edições dos Campeonatos do Mundo. E voltará a defrontar o homem que o derrotou em Londres, o etíope Muktar Edris.
A carreira de Sir Mo Farah (agraciado com o título de cavaleiro do Reino Unido em dezembro do ano passado, após a dupla “dobradinha” olímpica) é uma das mais “ricas” de sempre, assente principalmente nos últimos sete anos. Quatro títulos olímpicos, em 5000 e 10000 metros, em 2012 e 2016, sete títulos mundiais, em 5000 e 10000 m (duas vezes vice-campeão), são o acumulado principal de uma carreira que começou a dar mais nas vistas a partir de 2010, quando fez a sua primeira “dobradinha” nos Europeus, em Barcelona (depois ainda venceu os 5000 m nos Europeus antes dos Jogos, em 2012 e fez nova “dobradinha” em 2014).
Nesse período, em pista coberta, conseguiu dois títulos Europeus em 3.000 metros. Sem nenhum recorde mundial (tem uma melhor marca mundial na prova de 2 milhas, em pista coberta), é detentor dos recordes europeus dos 1.500 e 10.000 metros ao ar livre, e dos 5.000 m em pista coberta.
Não é o melhor fundista de todos os tempos, nem mesmo deste século, mas está entre a elite (ver artigo com cinco grandes meio-fundistas).
Transição para a estrada
Nas suas declarações desta época, quando anunciou o final da sua presença nas pistas, Mo Farah não deu por encerrada a sua carreira, dando conta que prefere passar agora mais para corredor de estrada.
E esta sua vontade e objetivo, não são surgidas por acaso, já que neste período em que dominou as grandes competições nas pistas, o britânico já conta com um triunfo na Maratona de Londres (2014), um terceiro lugar no Mundial de Meia Maratona (Cardiff, 2016) e conta ainda com recordes europeus de 10 km (Londres, 2010), 15 km (Cardiff, 2016, em passagem do Mundial de Meia Maratona), dos 20 km e de meia-maratona, estes obtidos quando venceu a Meia Maratona de Lisboa, em 2015.
Sete
anos de medalhas
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Ano
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Competição
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5.000 m
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10.000 m
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2010
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Europeus
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Ouro
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Ouro
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2011
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Mundiais
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Ouro
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Prata
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2012
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Europeus
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Ouro
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não participou
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2012
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Olímpicos
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Ouro
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Ouro
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2013
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Mundiais
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Ouro
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Ouro
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2014
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Europeus
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Ouro
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Ouro
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2015
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Mundiais
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Ouro
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Ouro
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2016
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Olímpicos
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Ouro
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Ouro
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2017
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Mundiais
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Prata
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Ouro
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